Segredos
Um sorriso talvez,
Um gesto, quem sabe
Tímida, não fostes.
Lançaste o sorriso à destreza
do piscar de olhos.
Não arremetestes.
Para a sorte do poeta, desbravaste
o segredo do solo estéril pulsante
Quão saudável o salvamento ao nobre
sorriso
Percebeu-se logo: é infinito.
Galopou o tempo como montado nas luzes
e, como se deslizasse no vácuo perfeito, não houve
trêmulo
Sorriso terreno, desconcertante, envolvente...
Irremediável beleza... mudou a trajetória,
tirou de órbita e arremeteu ao abismo singelo do amor.
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